Sunday, September 17, 2006

Leiden, à chegada é certamente diferente do que à partida

Banda sonora: Six Organs of admittance - Lisboa
Nada como chegar, ainda que a sensação não seja de chegada, neste momento estou desfazado de tudo, é normal, uma sensação já conhecida de outros momentos, de outras felicidades vividas noutras aventuras. Não deixo de pensar no que foi partir, juntar pessoas que me abraçaram e me desejaram sorte, promessas de visitas, assim que conseguirem vir e eu as consiga receber. Vou começar claro, a "to do list" de cá estar, mas enquanto não começar realmente a fazer as coisas que preciso fazer esta semana, não deixo de me lembrar, e consequentemente questionar, os contornos de todos os que me rodeiam, aqueles que vão ficando...porque será que ficam? Porque será que eu fico com eles, (não apenas um "porque vale a pena") mas sim um querer saber porque vale a pena. Teremos todos sido irremediavelmente viciados em crianças com os forever friends?
Isto não está a ir a muito lado, na verdade não vai a lado nenhum, já devem ter percebido isso. O que eu quero aproveitar é a curiosidade de quem quer saber as minhas primeiras impressões de Leiden, as qual já tenho, já tenho e vou dar, mas antes, mesmo antes, quero aproveitar a curiosidade, o atento ler, para impingir os meus amigos, todos aqueles, até os que raras vezes dizem o que seja e disseram desta vez, é bom sentir tanta união. Porque somos assim apenas quando nos despedimos?
Leiden, primeiras impressões... vocês vão ter de esperar um pouco. Até lá, sintam os amigos, sintam-nos, mesmo antes de terem de partir para algum lado, pois o mundo é igual em todo o lado, casas e ruas, o que vale mesmo a pena, são todas as pessoas que preenchem essas casas e ruas.
Eu sei, todos vcs aproveitam, mas...custa ouvir isto mais uma vez? Ou não será como tudo, como todos aqueles intermináveis trabalhos sobre o ambiente, da terceira classe ao décimo ano, para sentir que nem um ajudou a que alguem não deitasse um papel ao chão, apenas serviram para gastar cartolina... é, viva a industria de papel que abate arvores para nós fazermos lindos trabalhos sobre o ambiente em cartolina.

2 comments:

Trendy Jorge said...

Meu Caro,

Folgo em ver-te tão sentimental. É bom sinal, acredita. Quer dizer que estás no bom caminho para aproveitar ao máximo o que de bom Leiden tem para te oferecer e, bem assim, aproveitar da melhor maneira, quando voltares, o que por terras lusas deixaste.

Constato que chegaste bem e já estás ambientado. Ainda bem, pois, como já antevês, não tarda terás umas quantas visitas.

Aliás, convém que não te esqueças que aquilo que propugnas no teu post (sentir verdadeiramente a amizade) também a ti se aplica, com especial acuidade nos casos, como o meu, daqueles que, pela sua presunção e snobeira, apenas contam com muito poucas pessoas na sua fileira de amigos.

Um grande abraço.

Polly Jean said...

Verdade, verdade, eu estou é curiosa por saber de que cor são as papoilas...
Beijocas