Saturday, May 19, 2007






Ban economic theory from your lives.


banda sonora: Aretha Franklin - Think (Aretha is available at the playlist on the right side)

"Once upon a time, there was a man who lived by the principle of profit maximisation. He had long realised that he needed hardly any sleep and could eat all meals in front of the computer screen; that most social contact was pointless. His marriage was long over, and he hadn’t seen his parents in 2 years. Once upon a time, there was a man who lived by the principle of pleasure maximisation. He had long realised that there was no point in pursuing success, since the time and effort invested did not match the results; that the people he met on the square were all the friends he needed. His wife had left him, and he hardly spoke to his parents. One day, Man 1 ran into Man 2 as he was hurrying across the square. For a brief moment, their eyes met, and scorn mixed with a twinge of envy. On the other side of the square, unnoticed by both men, a couple has just finished lunch in a small restaurant. They kissed good-bye and both returned to work."




by René, Anneloes, Kati and Andrews

Thursday, May 17, 2007



Recomendações musicais

banda sonora: Babe Roth - Mexican (available at the right side playlist)

Recomendações musicais são uma treta, são minhas e pronto. Por outras palavras, os albuns que, de seguida, decidi recomendar, estão aqui porque me apeteceu (um proverbial, "porque pronto!").

Porque é que são bons? Eu não sei se são bons, estão aqui porque nos últimos meses foram os albuns que mais gostei de ouvir. Um deles até é velhote e o outro do ano passado...é a vida, oiçam se quiserem, senão também não vale a pena

- "A plus tard, crocodile" dos Louise Attaque

- "Dreamt for Light Years In The Belly Of A Mountain" do Sparklehorse

- "Money for All" dos Nine Horses

Sunday, May 13, 2007




banda sonora - Johnny Cash - Personal Jesus (available at the blog playlist on the right side)

Bispo de Leiria-Fátima denuncia seitas católicas a "explorar generosidade dos fiéis"

13.05.2007 - Edição Online d' "O Público"

O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, afirma que há seitas católicas e grupos esotéricos a "infiltrar-se" em Fátima para "explorar a generosidade económica dos fiéis".
Em entrevista publicada na edição de hoje do "Diário de Notícias", D. António Marto reconheceu que esses movimentos se "aproveitam" de um clima que "ainda não levanta suspeitas à polícia" para se infiltrarem."Há pessoas e movimentos que às vezes querem aproveitar-se de Fátima e do clima de acolhimento que aqui se vive. Trata-se de desvios, de levar para extremos determinadas devoções, de explorar os sentimentos das pessoas. De explorar a generosidade económica dos fiéis", afirmou.
Terá a Igreja Católica procedido à competente denúncia à Autoridade da Concorrência?
Lembro-me de ir a Fátima algumas vezes, ainda que esteja longe de praticar qualquer forma de religião ou de ritual na minha vida (descontando o ritual do banho matinal, da saída à noite no fim-de-semana, etc,etc,etc...), curiosamente sempre achei aquilo uma exploração religiosa da generosidade económica (e não só) dos fiéis. O problema então, será quando feita por outras seitas, o que até é compreensível, a I.U.R.D. ficaria chateada se a Igreja Católica aproveitasse as celebrações para cobrar dízimo para a paróquia mais próxima (ou para pagar o bifito no Império ao padre), de facto, há que estabelecer territórios para estas coisas de fiéis e dádivas, senão ainda temos guerra de gangs.

Thursday, May 10, 2007

Wearing the Veils
banda sonora: The Veils - Pan

Hoje vesti a minha t-shirt dos "the Veils" mais uns "the". (Lembrou-me que o Eiró esteve cá este fim-de-semana e que foi óptimo vê-lo). Chove lá fora, chove há dias. As duas semanas em que esteve sol fez-me, de novo, falar cedo demais. Perdi tempo a elogiar a forma fantástica como os holandeses se transformaram em pessoas felizes a saborear o sol pois, como bom Português, um sol que aparece em Maio é um inverno que se vai embora. Pois, falei cedo demais, o mau tempo voltou, é ainda mais horrivel sair de casa agora quando penso que já houve dias bons, bons dias para andar de bicicleta e ver pessoas sorridentes. Eles não estavam a viver a vida, estavam a viver um pouco de sol que tentam aproveitar com tudo o que podem. Gosh... que clima horrivel. O pouco prazer que retiram é de uma "nouvelle vague hope". Dizem que com o aquecimento global daqui a 50 anos terão clima mediterrânico, errado, daqui a 50 anos metade do país afundará. Falo do fundo de tristeza que é estar farto deste tempo, da frustração que foi ter tido sol que cedo foi embora. A minha pedra de Sísifo acabou de rolar colina abaixo.



O Nosso herói, afinal, é uma lagosta
banda sonora: the B-52's - Rock Lobster
"Iniciando a leitura d'"O elogio do fracasso", quero partilhar convosco a dor que é ler isto. O primeiro parágrafo descreve sapateiras e lagostas amontoadas como calhaus de algum templo havaiano, a metáfora é, tal como o resto do capítulo e suspeito o livro, fraca e com um sentido de visualização reduzido. Primeiro a religião predominante do Havai é, como todos sabemos, o cristianismo, por isso o templo não deverá ser muito diferente do normal e depois...porquê um templo havaiano?

A primeira intervenção do nosso herói é em direcção ao empregado – "leve sorriso cruzado de esgar" – e depois o pensamento completo de sorriso de quem "não está disposto a dar-lhe trela para prosseguir com uma longa palestra sobre psicologia crustácea". Bom, assim que o nosso narrador cria toda uma imagem de aquário de restaurante, para onde o nosso herói olha fixado para, no primeiro momento possivel, sacrificar e criticar o empregado como sendo aborrecido. Bom é verdade que falar de sapateiras e lavagantes é aborrecido, mas quem começou foi ele, fixado como parvo a olhar para o aquário.

As primeiras páginas, passadas num restaurante "A pérola de Cacilhas", são dedicadas ao contexto social do herói, aparentemente é uma daquelas familias que vai almoçar fora aos domingos enquanto se vê à rasca para pagar a quinta prestação do renault 5, o almoço de domingos é o que prende o herói à familia, (será um sagrado ritual de templo cacilhence?) e o domingo é descrito como "a Guernica de beatas retorcidas despenhadas no cinzeiro sob os narizes enjoados de frituras vaporosas" (mas alguém me explica o que são narizes enjoados de frituras vaporosas?).

A primeira conversa com os pais, não tem qualquer densidade psicológica, respostas evasivas a perguntas inocentes da mãe sem qualquer desenvolvimento da personagem sobre o conforto com que enfrenta o seu contexto familiar. No fim da pequena conversa, a conclusão. "todos somos crustáceos" (temo que o autor esteja a ser autobiográfico com a sua familia nesta afirmação).

De repente os nomes, a mãe chama-se matilde, o nosso herói, infelizmente, Francisco. . Depois de tentar pagar o jantar ao pai (é estagiário, vive sozinho, paga almoços à familia, não está mal de finanças este estagiário), vive na calçada da Ajuda.

Aqui, vem o pior do capítulo, a Paula. Todas as personagens que até agora apareceram são estereotipadas, o que não seria chocante se não fossem desprovidas de sabor, a Paula tem a idade do herói, fuma no templo budista por baixo do apartamento dele, é casada com um idiota qualquer que passa a vida em viagens de negócios e, obviamente, tem um romance quente com o nosso herói, cruzar-se com ela era "o meu momento zen do dia".

Uma frase, tenho de vos deixar, bem sei que isto vai ficando grande mas é mau demais para não citar "Depressa nos tornámos amantes. Alguma lei natural o impunha, provavelmente a mesma que faz dois besouros caídos numa poça de chuva agarrarem-se mutuamente, como se isso os impedisse de afundar" . O homem devia era ter citado no inicio do livro a introdução do dto. da concorrência do Ascensão.

Obviamente a Paula fica caídinha por ele enquanto o valente herói (recuso aceitar que se chame Francisco) a despreza e quer acabar com ela. Em conclusão, as personagens são nulas em densidade psicológica, e ridiculamente estereótipadas. A secundaridade das personagens roça a irrelevância perante o herói brilhantemente iluminado, de forma a livrar-se delas, atribui-lhes tarefas mecânicas sem relevância (A irmã passa a vida a brincar ao telemóvel – a horrenda e super-acutilante critica social a gerações mais novas - , os pais são "white trash", a Paula amante roça o ridiculo enquanto personagem). Poucas pistas são dadas quanto ao herói e em si contraditórias, identifica-se com os pais e sente-se motivado a manter-se na conversa de mesa após almoço, curiosamente, mantem uma critica ao contexto social com o qual não quebrou laços, de onde só podemos concluir que ele julga-se melhor que eles e mantém um horrível cinismo com a familia. Contudo nada disto transparece do texto. A figura de estilo que, infelizmente, abunda, é a metáfora mas para nosso azar os comparantes escolhidos são rebuscadamente fracos e muitas vezes, a semelhança induzida entre os dois elementos é parca ou inexistente. Não raro, não vai além da comparação ou longos e aborrecidos exemplos.

Momento do capítulo: "Aquele ritual de conchas escarlates roçando num compasso dorido parecia de facto um acto de compaixão, uma dança derradeira de consolo para a [caranguejola] recém-chegada, em que todos carpiam um destino comum e encomendavam as almas ao deus das criaturas moles encalhadas em casquinhas, aspirantes a copiosas parrilladas".

Tuesday, May 08, 2007

O elogio do Fracasso – Início do fracasso

Ora bem, eu sei que prometi a alguns chegados amigos que, em virtude do meu horário totalmente académico, perderia tempo da minha vida a, entre fotocópias de artigos de Direito Aéreo, ler o livro do João Freire. Um misto de samaritanismo com masoquisto e, obviamente, ter o prazer de desperdiçar tempo. Algo que não durará muito tempo.
Contudo, demorei a começar. A culpa não é minha, ou melhor, é, pois tenho o hábito de folhear um livro antes de o começar a ler e cada parágrafo que lia quando abria o livro ao calhas deixava-me um sentimento amargo. Que má quimera em que me deixei arrastar. Não preciso acabar o livro para dizer que, em circunstâncias normais, nunca me daria ao trabalho de ler isto. Como as circunstâncias não são normais, releguei-o a livro de casa-de-banho (para não usar um termo mais escatológico que rime com “livro de cabeceira”) e, cheio de sentimento que as selecções do Readers Digest não serão muito melhores e mesmo assim enchem casas de banho pelo país fora, decidi começar.
Ora parabéns à Dia ao Nuno e à Helena, todos eles são alvos de dedicatória pela inspiração coragem e, finalmente, à Helena por ser a Helena. Ok! Assim que se tudo correr mal não há problema, ele inspirou-se na Dia. (Será ela a famosa advogada apalpada com quem sou suposto cruzar-me no livro?). Página virada, um mundo enorme de chavões que me ocuparão o resto do mail. Em primeiro lugar, Allen Ginsberg com o ínicio do “Howl”. Curiosa escolha, tal como o índice num livro técnico, as citações que são escolhidas pelo autor são sempre um passo importante do livro. Será que o escolheu por ser da beat? Por quase ser comunista (o que está em voga nas gerações novas e estará até ao dia em que tiverem de perder o sentido de propriedade) ou, temo, pelo facto do Ginsberg ser pedófilo? (há claro, a ideia de que haverá um suculento capítulo sobre escalas no DIAP e como as melhores mentes da nossa geração se encontram perdidas na droga)
A segunda citação parece responder à questão anterior, é de uma letra dos Doors e diz: “We need someone or something new/something to get us through”. Não sei o que acham, mas a mim claramente apoia a ideia da pedofilia.
Finalmente, como se o que vem antes não nos tivesse já enchido com a frustração do autor que até este momento não escreveu nada, recebemos uma selecção do Sutra do coração. Ora, seleccionar pedaços de um sutra é algo sempre complicado ou pelo menos, não é exactamente igual a seleccionar um parágrafo da biblia, curiosamente ele fica-se pela ideia geral, “a forma não é senão o vazio, /O vazio não é senão a forma”. Devo dizer que “isto” deixa-me curioso. Foi seleccionar um Sutra que tão fortemente ataca as quatro verdades budistas e encara a Realidade de uma forma tão pouco conceptualizada. Em conclusão, parece que se encontra aqui uma primeira pista sobre o que é o “elogio do fracasso”, descontando o simples sarcasmo do título, o fracasso revela-se ao leitor da primeira página, ele vai falar do fracasso de encontrar a realidade. É, este dharma irritante lixa-nos a todos. Daí o sorriso idiota do autor que acompanha o texto de introdução.
Ao menos as espectativas caíram até um fundo de onde não podem sair, penso que isto me ajudará a ler o livro e contar-vos a história do fracasso do João Freire.

Thursday, May 03, 2007


Let op!

banda sonora: Susanna & The Magical orchestra - Love will tear us apart

Para os mais astutos, faz tempo que não actualizo o meu blog. Ora, sem desculpas, também faz tempo que não escrevo um mail com mais de duas linhas e cujo texto não seja algo implicito no tom de:" Depois escrevo!"

Ou seja, ando sem vontade de dizer o que quer que seja. Tant pis!
P.S. Alguém faz puto ideia porque é que o meu "blogger" está em Holandês?